Para além de me reunir com três animadores para
preparar um encontro de animadores da celebração da Palavra e um retiro com catequistas, estive ocupado a
podar algumas árvores à volta da Igreja, cozinhei uma panela de esparguete (éramos cinco ao
almoço!) e tentei descobrir – entre as dezenas de chaves – a chave certa para… entrar em casa e
na igreja.
Ao princípio da tarde vieram pedir-me para ir ao hospital dar a unção
dos enfermos a uma senhora… E eu nem sabia onde era o hospital!A senhora estava muito mal, nem sei se nos
reconheceu… Juntou-se um bom grupo de pessoas à volta da sua cama, fizemos um momento de
oração e eu administrei-lhe a unção dos enfermos; o seu estado de saúde não me
permitiu dar-lhe a sagrada comunhão.
De seguida fui cumprimentar as outras doentes que se
encontravam na enfermaria, procurei saber de onde eram, que mal as afligia... prometi-lhes orações e,
enquanto lhes apertava a mão ou lhes fazia uma carícia no rosto, disse-lhes que Deus é o pai que
nunca nos deixa sós, nunca. E o olhar que me devolveram era um olhar de ternura e gratidão por aqueles
breves momentos.
Quando, ao fim da manhã, me encontrava reunido com os animadores veio-me
à mente a ideia de que estávamos a construir a Igreja mas, quando estava no hospital ao pé daquela
senhora e das suas companheiras na doença, a convicção que me encheu o coração foi de
que éramos presença e consolação de Deus.