O anúncio da eleição de 19 novos cardeais foi recebida com euforia nesta nação asiática, porque entre os nomes da lista está também o do arcebispo de Seul, D. André Yeom Soo-jung. Começa bem este ano, o qual verá realizadas duas celebrações importantes: a Jornada Asiática da Juventude e a beatificação de 124 mártires coreanos.
D. André Yeom Soo-jung é o terceiro prelado coreano a ser eleito cardeal: o primeiro foi D. Estevão Kim Sou-hwan, que faleceu em 2009 e que será sempre recordado como um dos “avós da pátria” pela sua dedicação á nação, sobretudo em tempos da ditadura militar. O segundo é o cardeal Nicolau Choeng, o qual tem mais de 80 anos. D. André Yeom Soo-jung foi eleito arcebispo de Seul em 2012, sucedendo o cardeal Nicolau.
Um porta-voz da diocese de Seul considera a eleição de D. André Yeom Soo-jung como uma bênção não só para a Igreja Católica coreana, como para toda a nação. O novo cardeal é considerado um homem de grande coração, cujo amor e atenção aos pobres e necessitados tem sido uma fonte de inspiração para muitos.
Em Novembro do ano passado, durante uma celebração eucarística, D. André Yeom Soo-jung criticou a acção de vários sacerdotes progressistas, membros da Associação de Padres Católicos para a Justiça, que pediram a demissão da presidente Park Geun-hye. A maioria dos católicos também se mostrou indignida com esta interferência política dos sacerdotes, sobretudo pelo tom usado pelos mesmos.
Nascido em 1943 no seio de uma família católica, D. André Yeom Soo-jung entrou para o seminário aos 15 anos. Foi ordenado em 1970 e tem dois irmãos sacerdotes diocesanos. Foi professor no seminário de Seul antes de ser ordenado bispo em Janeiro de 2002. Foi também director da “Estacão da Paz”, o canal de televisão da Igreja católica coreana.
A Igreja coreana prepara-se para outros dois grandes acontecimentos: a Jornada Asiática da Juventude, que terá lugar na diocese de Taejon (na qual os Missionários da Consolata têm uma comunidade), de 10 a 17 de Agosto. Seguir-se-á depois a beatificação de 124 mártires, cujo processo teve início em 2002. Espera-se que o Papa possa estra presente num destes dois eventos, presença que seria certamente “a cereja no topo do bolo.”