Um dos jornais de maior tiragem nacional, Choson Ilbo, fez um inquérito junto de vários leitores sobre o tema da reunificação e as conclusões indicam que maior parte dos sul-coreanos acredita que a reunificação das duas Coreias seja do interesse nacional, mas não do interesse individual.
Cerca de 57.2 por cento acreditam que a reunificação seja benéfica para o país, contra 39.4 por cento. Mas quando questionados sobre o benefício para os indivíduos em si, 66.3 por cento afirmaram não esperar qualquer tipo de vantagens, contra 30.9 por cento dos que são mais optimistas.
A grande questão no que toca à reunificação é o custo económico da mesma: para cerca de metade (48.6 por cento), os custos serão maiores que os benefícios, contra 31.8 por cento dos que argumentam que os benéficos serão maiores, enquanto para 15.5 por cento os custos e benefícios serão iguais. Há também quem considere que a economia irá melhorar depois de uma eventual reunificação, mas em detrimento da estabilidade política e social, mas a maioria consideram que a reunificação irá beneficiar a imagem internacional do país (cerca de 72.7 por cento).
A reunificação implicará um aumento de impostos de modo a poder ser sustentável e esta ideia é a que, naturalmente, menos agrada a todos. Porém, para 37.7 por cento dos inquiridos, falar de reunificação é algo muito prematuro, sobretudo depois dos recentes acontecimentos a norte da fronteira, nomeadamente com a execução de um tio do jovem líder Kim-jong Eun. Mesmo assim, cerca de 35.9 por cento não acreditam que a situação actual de impasse entre os dois países seja um obstáculo considerável a uma possível reunificação.
Cerca de 62.4 por cento acredita que o governo sul-coreano deve aumentar a assistência económica e tecnológica ao governo do Norte, de modo a diminuir o “gap” considerável que existe entre os dois países. Porem, entre os que não consideram necessária tal assistência estão sobretudo os mais jovens, com idades compreendidas entre os 19 e 30 anos, sobretudo numa altura em que o mercado nacional de trabalho se apresenta cada vez mais reduzido. De fato, só 31.5 por cento acredita que a Coreia esteja preparada para uma reunificação repentina.